"MUDA QUE QUANDO A GENTE MUDA O MUNDO ANDA PRA FRENTE E QUANDO A GENTE MANDA NINGUÉM MANDA NA GENTE, NA MUDANÇA DE ATITUDE A GENTE MOLDA O FUTURO..."

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Resident Evil 4


Gênero: Aventura
Desenvolvido por: Capcom
Distribuidora: Capcom
Lançamento: 25/11/2005
Nota: 9,8

Review
Depois de muito tempo de espera agonizando pela saída dessa obra-prima da Capcom, os portadores de um PS2 finalmente podem passar noites em claro matando "zumbis" com muito estilo e levando muitos sustos.

Confesso não ter jogado a versão original do Game Cube, apenas a vi rolando, portanto, esse review vai ter um ponto de vista de novidade e comparações com outras versões da série.



Inicialmente o que pega no jogo é a “nova” câmera e a modificação de alguns comandos que deixam o jogador meio engastalhado no começo, mas logo se pega o jeito e o game começa a fluir da forma mais viciante possível.



Os gráficos são primorosos e devem ser uma prova do limite do console juntamente com God of War, o padrão oficial do game é para se jogar em uma TV widescrean mas podendo-se esticar a tela para ficar sem as tarjas pretas e é claro com direito a progressive scan e tudo mais que é top de qualidade.


Expressões facias, efeitos de luz, cabelinhos mexendo, explosões fodáximas, melecas que rastejam, e muito sangue e “gore” que vão fazer qualquer fã da série colocar o jogo no topo da estante para reverenciar.



O que realmente fode um pouco na qualidade do jogo são as CGs, que poderiam ser melhor elaboras, já que o game no console da Nintendo contava com as cenas em tempo real, com o gráfico do game, já no PS2, as cenas são gravadas com uma qualidade um pouco superior a dos gráficos, não sendo nem muito feias nem primorosas como as versões anteriores do PS1 onde RE2 e 3 contavam com CGs de qualidade espetacular de se equiparar com qualquer Tekken da época.



O som colabora, e muito, para os diversos ambientes. Os personagens falam espanhol fluente, dando um entendimento para nós ótimo quando ouvimos como “Mierda!”, “Carajo!”, “De traz de ti imbecil!”, entre outras coisas, além é claro dos sustos que você vai tomar com musicas já costumeiras, dignas dos melhores filmes de terror e suspense. A atmosfera do game lhe proporciona uma experiência única de envolvimento, te transportando pra bem longe de onde você está, e não é pra qualquer quer um.



A história é bem diferente das demais versões. Não se ouve falar de Raccon City (excluindo-se os flashbacks), apesar de você trombar com personagens do seu passado como Adaaaaaaaaaaaaaaa (quem salvou RE2 vai entender isso), e da S.T.A.R.S., mas nada que fique enchendo o saco como a Umbrela. Agora você está enfrentando uma organização de monges que, através da sua igreja e da ajuda de alguns insetos-alienígenas (!?), torna todo o pessoal de uma ilha da Espanha em zumbis-possuidos-controlados que, no meio de tudo, isso raptaram a filha do presidente e você, o vocalista do The Caling, Leon Kennedy (Dead Kennedys seria mejor) tem que resgata-la (um enredo-base meio sessão da tarde, mas depois de quase 20 horas de jogo e dezenas de reviravoltas, você vai dizer que jogou um filmão).



Os inimigos, além de falarem, sobem escadas, atiram, te batem pra valer e desviam dos tiros, sem contar que eles querem é te matar, e não se alimentarem. Nesse meio, temos letherfaces com suas serras elétricas, que te arrancam a cabeça com um só golpe, juntamente com bichos a lá Doom, Killer 7, gigantes a lá GoW e, é claro, chefes que vão te fazer acabar com toda sua munição. O interessante dos combates é que, assim como GoW (ou seria ao contrário?), existem botões para serem acionados de forma "randônica" para escapar de armadilhas e golpes no melhor estilo “pensa rápido!” fazendo com que você nem pisque e assista todas as cenas.



O arsenal não tem muitas surpresas, contando com as armas já manjadas e um canhão laser exclusivo do PS2, sendo que todas agora possuem um mira laser para facilitar o novo sistema de mira, que é excelente, lembrado um jogo de primeira pessoa no computador, com total mobilidade e facilidade para headshots perfeitos, snipers, shotguns, magnuns, todas podendo serem modificadas pra que tenham aumentados seu poder de fogo, capacidade, velocidade e tudo mais. Para isso isso você conta com um camelô (Hello stranger!) para lhe fornecer equipamentos em alguns momentos do game, ou seja, você só vai achar armas uma vez ou outra, no restante terá de comprar com trankeiras achadas nos cenários ou vendendo objetos de valor encontrados da mesma forma.



Depois de salvar o game uma vez, três novos mini games são oferecidos de presente! São eles: The Mercenaries, em que se deve matar a maior quantidade ininterrupta de oponentes que aparerecem na sua frente no melhor estilo deathmach num determinado tempo (muito foda!); Separete ways, neste, Ada está sob seu controle para mais algumas horas de um apêndice do game com muito tiroteio, onde você joga pelo ponto de vista da moça, passando pelos mesmos pontos que Leon, mas com situações diferentes, ora dando para ver o cara se fodendo lá no meio onde você já jogou antes, e isso rende mais umas boas 8 horas de jogo com cenas próprias e tudo mais; e Assignment Ada, onde ela está com uma roupa de agente, abandonando o velho vestido vermelho, com uma missão mais simples, pegar cinco amostras de Plagas.



No final, Resident Evil 4 é um dos melhores games que se pode ter para seu PS2 para render muitas horas de diversão e, quando acabar, ainda vai ter extras exclusivos para acalmar a lombriga de qualquer um. E que venha Resident Evil 0 e 1, porra!


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