"MUDA QUE QUANDO A GENTE MUDA O MUNDO ANDA PRA FRENTE E QUANDO A GENTE MANDA NINGUÉM MANDA NA GENTE, NA MUDANÇA DE ATITUDE A GENTE MOLDA O FUTURO..."

quinta-feira, julho 21, 2005

Gran Turismo 4


Gênero: Corrida / Simulador
Desenvolvido por:
Polyphony Digital
Distribuidora:
SCEA
Lançamento: 22/02/2005
Nota: 9.0

Review
Gran Turismo é uma série que não tem meio termo no que se refere à aceitação do público, uns a adoram e outros a odeiam. Mesmo quem diz que a odeia, pode ser que acabe gostando se tiver um pouquinho de boa vontade e dedicar uma parte de seu tempo para pegar o espírito do game e aprender a jogá-lo, pois ele oferece grande variedade de tudo que é coisa que se pode imaginar.


Contando com licenças de 80 montadoras e mais de 650 carros com todos os detalhes imagináveis (disso exclui-se o lado interno dos veículos), como a captura de som dos motores feita carro por carro. Aliás, falando de som, a trilha sonora está melhor selecionada, tendo uns eletronicos chatos (que podem ser tirados da lista) e uns rocks pauleiras.



Gran Turismo 4 já impressiona (negativa ou afirmativamente) na hora em que se liga o seu PS2 com ele dentro pela primeira vez, o mínimo de espaço que ele ocupa no memory card é perto de 1,5 Mb, podendo chegar até 2,5 se forem utilizados todos os recursos, que serão ditos mais a frente, mas tudo isso não é suficiente para salvar uma corrida de 24 horas no meio, a solução, mais a frente também.

Pegando o vácuo de Need For Speed e Midnight Club, neste há a possibilidade de tunar os carros, fazendo isso diretamente nas concessionárias das respectivas marcas de seus carros e pistas de teste/treinamento reais de algumas marcas.




Os mais impacientes sofrerão no modo Gran Turismo, pois para tirar as licenças são 16 testes, alguns bobos de fáceis e alguns estúpidos de difíceis, mas para os "arcadeiros" o seu modo também está presente, e, mesmo sem liberar nada nos outros, a variedade de carros é maior que de muitos games do mercado.

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As pistas receberam um cuidado extra nesta versão, além da melhora gráfica, foram reproduzidos até os desníveis existentes na realidade, as pistas de rally seguem o padrão, e a jogabilidade nelas está muito boa. Os carros estão dentro do esperado: verdadeiros filmes.

Dentro do modo Gran Turismo, há o A-Spec, onde se pilota as carangas, e o B-Spec, que seria meio que um F1 Manneger, onde o jogador dá ordens para o cpu pilotar, sendo este o modo indicado para as corridas de longa duração, como as de 24 horas, pois nele, se pode acelerar o tempo em até 3 vezes, fazendo com que tais corridas durem 8 horas. É só dar a ordem certa, ir dormir e ver no que deu no outro dia.



Há ajustes para tudo no game, desde unidades de medidas de quilometragem, potência, torque, até a possibilidade de se jogar numa HDTV utilizando toda sua potência e qualidade de imagem, mas para isso é preciso do cabo vídeo-componente, que é uma facada para nós brasileiros.



Uma coisa que não foi arrumada foram os impactos. "Chamar GT4 de jogo é bondade", dizem muitos, mas se a intenção da Sony é dar aos donos de um PS2 a sensação real de dirigir carros a mais de 200 km por hora, eles deveriam se preocupar com a realidade dos impactos, pois chega a ser algo tosco em comparação com a perfeição dos demais itens. Para fazer uma ultrapassagem numa curva, basta seguir a linha de dentro e deixar seu carro bater no do oponente, ele te segura, você não sai da pista e sai da curva com uma velocidade bem maior que a dele, assim como deixar o carro bater nas paredes externas (quando existentes, é claro), parece até coisa de Need For Speed. Outra tosqueira também é que, numa reta, se rolar uma "ralação" lado a lado, lataria com lataria, seu carro perde velocidade, o que chega a irritar. Outro defeito, porém menos influente, é que, em alguns curtos momentos específicos de alguns eventos, geralmente não jogáveis, a telá dá uma tremida de leve.



Mesmo com esses defeitos, Gran Turismo 4 merece o seu título de mais real simulador de corridas para video games. Fazendo uma analogia com música, GT4 é uma banda de rock progressivo, que tem qualidade de sobra, não agrada à maioria, mas que se torna um deus para os seus seguidores, que a defende de todas as formas possíveis.


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