Gran Turismo 4
Gênero: Corrida / Simulador
Desenvolvido por: Polyphony Digital
Distribuidora: SCEA
Lançamento: 22/02/2005
Nota: 9.0
Review
Gran Turismo é uma série que não tem meio termo no que se refere à aceitação do público, uns a adoram e outros a odeiam. Mesmo quem diz que a odeia, pode ser que acabe gostando se tiver um pouquinho de boa vontade e dedicar uma parte de seu tempo para pegar o espírito do game e aprender a jogá-lo, pois ele oferece grande variedade de tudo que é coisa que se pode imaginar.
Contando com licenças de 80 montadoras e mais de 650 carros com todos os detalhes imagináveis (disso exclui-se o lado interno dos veículos), como a captura de som dos motores feita carro por carro. Aliás, falando de som, a trilha sonora está melhor selecionada, tendo uns eletronicos chatos (que podem ser tirados da lista) e uns rocks pauleiras.
Gran Turismo 4 já impressiona (negativa ou afirmativamente) na hora em que se liga o seu PS2 com ele dentro pela primeira vez, o mínimo de espaço que ele ocupa no memory card é perto de 1,5 Mb, podendo chegar até 2,5 se forem utilizados todos os recursos, que serão ditos mais a frente, mas tudo isso não é suficiente para salvar uma corrida de 24 horas no meio, a solução, mais a frente também.
Pegando o vácuo de Need For Speed e Midnight Club, neste há a possibilidade de tunar os carros, fazendo isso diretamente nas concessionárias das respectivas marcas de seus carros e pistas de teste/treinamento reais de algumas marcas.
Os mais impacientes sofrerão no modo Gran Turismo, pois para tirar as licenças são 16 testes, alguns bobos de fáceis e alguns estúpidos de difíceis, mas para os "arcadeiros" o seu modo também está presente, e, mesmo sem liberar nada nos outros, a variedade de carros é maior que de muitos games do mercado.
Video
As pistas receberam um cuidado extra nesta versão, além da melhora gráfica, foram reproduzidos até os desníveis existentes na realidade, as pistas de rally seguem o padrão, e a jogabilidade nelas está muito boa. Os carros estão dentro do esperado: verdadeiros filmes.
Dentro do modo Gran Turismo, há o A-Spec, onde se pilota as carangas, e o B-Spec, que seria meio que um F1 Manneger, onde o jogador dá ordens para o cpu pilotar, sendo este o modo indicado para as corridas de longa duração, como as de 24 horas, pois nele, se pode acelerar o tempo em até 3 vezes, fazendo com que tais corridas durem 8 horas. É só dar a ordem certa, ir dormir e ver no que deu no outro dia.
Há ajustes para tudo no game, desde unidades de medidas de quilometragem, potência, torque, até a possibilidade de se jogar numa HDTV utilizando toda sua potência e qualidade de imagem, mas para isso é preciso do cabo vídeo-componente, que é uma facada para nós brasileiros.
Uma coisa que não foi arrumada foram os impactos. "Chamar GT4 de jogo é bondade", dizem muitos, mas se a intenção da Sony é dar aos donos de um PS2 a sensação real de dirigir carros a mais de 200 km por hora, eles deveriam se preocupar com a realidade dos impactos, pois chega a ser algo tosco em comparação com a perfeição dos demais itens. Para fazer uma ultrapassagem numa curva, basta seguir a linha de dentro e deixar seu carro bater no do oponente, ele te segura, você não sai da pista e sai da curva com uma velocidade bem maior que a dele, assim como deixar o carro bater nas paredes externas (quando existentes, é claro), parece até coisa de Need For Speed. Outra tosqueira também é que, numa reta, se rolar uma "ralação" lado a lado, lataria com lataria, seu carro perde velocidade, o que chega a irritar. Outro defeito, porém menos influente, é que, em alguns curtos momentos específicos de alguns eventos, geralmente não jogáveis, a telá dá uma tremida de leve.
Mesmo com esses defeitos, Gran Turismo 4 merece o seu título de mais real simulador de corridas para video games. Fazendo uma analogia com música, GT4 é uma banda de rock progressivo, que tem qualidade de sobra, não agrada à maioria, mas que se torna um deus para os seus seguidores, que a defende de todas as formas possíveis.
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