"MUDA QUE QUANDO A GENTE MUDA O MUNDO ANDA PRA FRENTE E QUANDO A GENTE MANDA NINGUÉM MANDA NA GENTE, NA MUDANÇA DE ATITUDE A GENTE MOLDA O FUTURO..."

segunda-feira, outubro 10, 2005

Darkwatch


Gênero: Tiro / Primeira Pessoa
Desenvolvido por: High Moon Studios
Distribuidora: Capcom
Lançamento: 16/08/2005
Nota: 7,9
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Review
De tempos em tempos são lançados jogos que ninguém ligou durante todo o seu tempo de produção, que não fui muito divulgado pelos produtores que ninguém espera nada, nem mesmo a própria distribuidora (que muitas vezes só empresta o nome para estúdios menores terem um pouco mais de crédito). Darkwatch é um destes.



Seguindo à risca os dizeres aí de cima, este game chegou e agradou. Explorando um tema que, convenhamos, não está nem um pouco na moda, ele se mostra um jogo competente, porém um pouco desleixado (não na maneira de se jogar).

Você é Jericho Cross, um vampiro que segue sua jornada para onde você quiser no meio do Velho Oeste norte-americano. Sim, neste game, você escolhe o destino do protagonista, tomando decisões que influenciam no andamento da história e, é claro, com finais distintos.



Em alguns momentos, você encontra pessoas recém-mordidas por vampiros, é aí que entra a decisão de salvá-las ou matá-las de vez. De acordo com suas decisões, Jericho ganha poderes diferentes, e, a certo ponto, a decisão de bem ou mal influencia até nos "mestres" que você irá enfrentar.



As cenas não-interativas de Darkwatch deixam um pouco a desejar, com CGs pouco renderizadas, e edição seca demais, elas têm cortes bruscos que dão a impressão de que algumas cenas foram cortadas; mas, na parte jogável, o game flui perfeitamente bem, com gráficos muito bons e um ritmo alucinante e que não te deixa muitos momentos para pensar coisas do tipo "vou parar de jogar agora" ou "tenho que dormir".



Os controles são muito bons e tudo o que você imagina é ajustável. Um item pouco explorado em jogos de tiro primeira pessoa é o pulo, e, neste, além de um simples pulinho básico, você tem também o vampire jump, um salto duplo que te deixa flutuando por alguns momentos... movimento muito útil em momentos de arrastão de inimigos.

As armas estão de acordo com o período histórico do game, são revólveres, shotguns, carabinas e bestas, cada uma com seu poder de fogo.



A inteligência artificial está muito boa, os inimigos não atacam a tordo e a direito, e sim estrategicamente, e, de acordo com a parte do corpo que você acerta ou leva um tiro a morte é mais rápida ou lenta.

A energia de Jericho é relativamente curta, com três tiros bem dados pelos oponentes ele já pode morrer, porém, cada inimigo morto libera um item de recomposição de energia, fazendo com que o jogador tenha que tomar um cuidado extra com a estratégia de ataque, mas nada que chegue perto dos jogos de simulação de guerra que estão no mercado.



Juntamente com o clima gótico-nostálgico, o som é um dos pontos fortes do game, com ótimos efeitos e grunhidos arrepiantes dos monstros, a tensão é imposta desde os primeiros passos, sejam eles no início ou continuando um save.

Há trechos em que Jericho anda de cavalo, nestes momentos, a visão se torna em terceira pessoa, e a munição infinita. Estes são momentos muito dinâmicos e que faz a adrenalina aumentar consideravelmente.



Por inovar na dose certa, Darkwatch é um game que merece respeito e destaque, que poderia ser muito melhor se alguns detalhes, como as cenas não-interativas, tivessem recebido mais atenção, pois mesmo explorando um tema nada chamativo,ele consegue divertir, e pelo menos duas vezes.

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