"MUDA QUE QUANDO A GENTE MUDA O MUNDO ANDA PRA FRENTE E QUANDO A GENTE MANDA NINGUÉM MANDA NA GENTE, NA MUDANÇA DE ATITUDE A GENTE MOLDA O FUTURO..."

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Mortal Komat Armageddon


Gênero: Luta / Gore
Desenvolvido por: Midway
Distribuidora: Midway
Lançamento: 09/10/2006
Nota: 8,8

Review
Pois é, já era, Mortal Kombat Armageddon é o fim da série na nossa já velha geração 128 bits, assim como foi com MK Trilogy dando tchau para o mundo
2D, trazendo um porralhão de personagens (aqui são 64) e uma jogatina de horas pra te deixar satisfeito por um bom tempo.



Logo de cara, o game já apresenta um select screen de cair o queixo, mas que aos poucos vai perdendo a graça entre alguns personagens, que às vezes nem combinam com seus estilos de luta ou são parecidos com outros, e pelo o que fizeram com o nossos amados Fatalities.



Os
Fatalities agora são personalizáveis, ou seja, você não verá o Scorpion queimar ninguém e muito menos o Sub-Zero congelar e quebrar o dito cujo, agora você pode fazer o que quiser na hora de executar o perdedor com golpes simples e universais para todos personagens, com exceção dos "chefes", que têm algumas poucas diferenças, mas o negócio é o seguinte, na hora do fatality vai rolar um tempo em que você pode, arrancar um braço, o coração, os rins, chutar o saco da vítima e tals, mas a parada só vai ser considerada fatality quando você desferir seu último golpe com um comando que utilize o botão círculo, que geralmente arranca a cabeça, corta no meio ou empala o infelizardo com a espada no cu e tudo isso forma um ‘Combo Fatality’, que quanto maior a quantidade dos Hits, maior a pontuação.



Ou seja como já dizia o
Zé do Caixão “Antigamente arrancar um coração, queimar ou espancar a vítima com a própria perna era mais violento e impressionante, mas agora esse monte de sangrera desenfreada virou ‘fogos de artifício’ para a gurizada que se diverte com braços e pernas voando por aí...”. No final isso não chega a estragar o jogo, é até divertido, mas tira a essência da bagaça, saca?



Os golpes dos personagens agora são como em MK4, só tem dois modos de luta, armado e desarmado, tirando um pouco das técnicas e dos combos que já estavam ficando manjados, mas ao mesmo tempo isso é compensado por ‘breakers’, que revidam um golpe, e combos aéreos, a lá Marvel vs Capcom, além, é claro, de ótimos Pit Fatalities espalhados pelos cenários que, em sua maioria, são adaptações de versões clássicas da série, como o metrô, de MK3!



O sistema gráfico não mudou nada, em alguns cenários ele chega até a ser um pouco pobre, mesmo assim fica aí uma sensação de descaso, pois o sangue ainda parece mais massa de modelar do que qualquer outra coisa, com um consistência bem grossa, que se mostra estranha algumas vezes, entre outras besteirinhas que continuam na mesma.



O jogo conta com um Konkest que, assim como o jogo todo, dispensa todas frescuradas dos anteriores, agora é um tipo só de moedinha e não tem aquela cara de RPG, de ficar conversando, mudando o tempo e tal, aqui é tudo porradaria, lembrando bastante o
MK Shaolin Monks, com um visual meio basicão, mas aceitável, com cenários repletos de armadilhas que vão fazer a mãe do cara que as colocou lá ir pro inferno. Bavariá, você precisa jogá-lo para liberar alguns itens, ganhar dinheiro e destravar os personagens restantes.



O jogo ainda conta com um
game de corrida no estilo Mario Kart, com personagens cabeçudos e carros com poderes especiais, mas esse não fede nem cheira, só vale mesmo pela paródia que é, pois é muito básico, porém, com aquela sangrera que qualquer variação de MK de ter. Outros modos legais como o chess e puzzle, só mesmo no MKD.



Agora, o que faz o game dar um belo up na sua nota é o Kreate a Fighter, que, diferente daqueles creates repletos de trankeiras, como em Soul Calibur, Tekken 3 ou até Tony Hawks, esse aqui não chega a ser completo ou detalhista, mas ele dá tudo que a galera quer, de cara você vai ver elementos e roupas meio que prontas que dão a possibilidade de criar versõe antigas de personagens do próprio jogo tipo o Shang Stung do MK1 e personagens famosos como Guile, Akuma, Ryu, Chun li, Sagat, Sakura, Terry Bogard, Superman, Robin, Spawn, Lobo, Vampirella, Gambit,
Freakazoid (essa é pro Vivard hehe), Marilyn Manson, Gene Simons, Paul, Law, Exterminador do Futuro, a noiva de Kill Bill, Neo, Smith, Goku, Cloud você pode até montar Jesus e dar uma sova no Papai Noel a lá South Park, e tudo com direito a Fatalities!



Mas nem tudo é alegria, pois cada personagem é uma profile, e, se você quiser fazer vários, vai ter que criar um profile pra cada um, e, pra cada profile criado, você terá que ganhar um pouco de verba pra poder comprar os acessórios e tals. Mas não deixa de ser algo inteligente, que vai render uma boa diversão, e, para os fãs de coisas como
Mugen, isso é um prato cheio.



A história? Bem digamos que só a CG de
abertura vai te deixar boquiaberto, com a cena a lá coração valente onde os ‘exércitos’ se chocam e a carnificina rola solta. O Konkest vai dar conta de mostrar a maior parte, mas, infelizmente, os finais dos personagens no modo Arcade são uma bosta, com textos escritos que vão surgindo enquanto o dito cujo dá uma desfiladinha, parece final de Tekken do fliperama, o que decepciona um pouco, o que ainda faz de MK4 o melhor nesse sentido, sendo o único com finais em CG.



Mortal Kombat Armageddon é um ótimo jogo, o melhor de luta desse ano, com certeza, mas é ao mesmo tempo um divisor de opiniões e gostos, pois muita coisa mudou pra melhor e outras tantas pra pior, e isso depende do gosto de cada um, que, como minha avó dizia: 'gosto é que nem bunda, cada um tem a sua...', mas se o seu negócio sempre foi um game de luta pra jogar com os amigos ou dar uma desestressada de vez em quando, não tem porque se arrepender, assim como é obrigatório para os fãs da série.


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