The Matrix: Path of Neo

Gênero: Ação
Desenvolvido por: Shiny
Distribuidora: Atari
Lançamento: 15/11/2005
Nota: 7,1

Review
Depois de anos sem um jogo que seguisse o roteiro da trilogia dos irmãos Wachowski, The Matrix: Path of Neo surge relembrando as aventuras de Mr. Anderson e incluindo coisas que não foram vistas nas telonas.



Além de passar pelos três filmes, há referências de alguns desenhos da série Animatrix, e, tanto as faces quanto as vozes dos atores foram emprestadas para os personagens virtuais.

Até aí, tudo ótimo. Após um tutorial para sugestão da dificuldade do game (lembra da cena do tiroteio no saguão de mármore do primeiro filme? Então), o jogo começa e a fidelidade aos acontecimentos da trilogia é instananeamente notada logo na primeira fase, quando Mr. Anderson recebe o celular num envelope e as orientações para se enfiar nos cubículos vizinhos e fugir dos, até então desconhecidos, agentes.



Como é tradição nas adaptações para games, muito é somado aos fatos dos filmes, mas logo você deve tomar a pílula vermelha (se tomar a azul, volte para sua vidinha ignorante, meu querido) e iniciar os treinamentos, a primeira viagem do enredo do game, pois são muitos e repetitivos. A única vantagem disso é que você sai deles dominando completamente os controles, que são bem simples, diga-se de passagem.



Há basicamente um botão de ataque e outro de pulo para comandar Neo nas lutas corpo-a-corpo, sendo que o de ataque serve também como defesa, que deve ser apertado em seqüência para que esta função seja executada, ou seja, apertando este botão desvairadamente, você ataca e defende facilmente... fácil, no começo.



Quando Neo porta uma arma, os controles são modificados, o sistema de mira é completamente novo, e é a função que merece mais treinamento, pois, saber usa-la bem é fundamental para o progresso, e sempre há a possibilidade de se entrar no bullet time, que é limitado por uma barra que volta a se encher facilmente.

Os gráficos não são lá essas coisas. O visual é meio embaçado e a movimentação de boca dos personagens para as falas são precárias. O movimento dos tecidos estão convincentes, mas o efeito gráfico na hora do bullet time deixa a desejar, principalmente se você já jogou Max Payne 2.



As lutas estão visualmente perfeitas, somando fidelidade aos filmes e elementos novos, como espadas, facas e bastões. Há uma seqüência de golpes em que Neo, com uma dessas armas em mãos, começa a espancar o oponente, joga a arma para cima, passa a socá-lo, depois a chutá-lo, sobe nele, dá um salto por cima do indivíduo girando o corpo horizontalmente, quando começa a cair dá dois socos por trás, pega a arma e finaliza a seqüência aterrisando. Em que outro jogo você vê isso???



O som está na média da competência atual, com efeitos transportados dos filmes e outros criados exclusivamente para o game, mas nada muito impactante.

Enfim, The Matrix: Path of Neo, que entrou para o Guinness como o game mais caro desenvolvido até o momento (30 milhões de doletas) vai agradar os fãs da série e pode não convencer os mais chegados em ação que tenham assistido aos filmes e que dificilmente anda por si só, ou seja, quem não assistiu aos filmes (extra-terrestre, provavelmente), não vai gostar.

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Marvel Nemesis: Rise of the Imperfects

Gênero: Ação
Desenvolvido por: EA Canada / Nihilistic Software
Distribuidora: EA Games
Lançamento: 20/09/2005
Nota: 6,6

Review
Ta aí um game que muita gente pagava pra ver, pois um jogo de ação que reúne a maioria dos personagens da Marvel nunca foi o mesmo depois das séries da Capcom. A EA fez várias promessas de inovações com este game, dizendo que recria toda uma atmosfera de luta em combates dignos de HQs e vilões exclusivos para o game.



De tudo o prometido, uma parte foi cumprida, há muitos personagens, entre eles, Coisa, Wolverine, Elektra (com uma roupa ótima), Homem Aranha, Homem de Ferro, somados a outros, e os novos vilões estão lá, se é que isso é uma vantagem, mas alguns velhos conhecidos também estão presentes. A ação é relativamente boa, com controles simples até demais.



Cada personagem tem golpes específicos que são executados da pelos mesmos botões, ou seja, aquela coisa básica de pulo, ataque, defesa e pegar/arremessar objetos, somando o R1, que se utiliza de poderes especiais, o que gera o tchananã de cada um, e um método "Fúria", que é ativado quando muitos golpes especiais são utilizados através do mesmo R1.

A história é interessante e as cenas em CG que a conta são muito boas, mas o maior defeito do game é ter fases muito curtas e sem objetivos diferenciados, resumindo-se apenas a matar todo mundo que aparece, e quando você pega o ritmo da pancadaria, aparece escrito "Victory" na tela e você vai para a próxima.



As fases são específicas para cada personagem, e é preciso passar algumas específicas para liberar personagens novos.

Os oponentes carecem de personalidade, sendo apenas robôs, uns maiores, outros menores, uns com poderes e outros só com punhos, cada um com sua dificuldade, destacando que o game não possui um sistema de fixação de oponente para ataque, ou seja, você deve apertar os botões de ataque com o direcional voltado para o dito-cujo que é o seu alvo no momento.



Os mestres trazem algumas difuculdades interessantes, mas que, após pegar o seu "esqueminha" são derrotados facilmente, algo que demora em torno de duas ou três tentativas.

Os gráficos têm um certo destaque pela "inovação", pois há um grande brilho nos heróis, algo que dá um certo ar de superioridade para eles, porém os cenários não apresentam nada de que mereça destaque, estando na média dos jogos do gênero, assim como o som.



Nos primeiros minutos de jogo é normal pensar algo do tipo "pô, esse jogo é legal", mas depois de alguns minutos, se torna repetitivo.

Quem gosta do universo Marvel tem um incentivo a mais para joga-lo com empenho, assim como aqueles que não deixam de lado jogos do tipo" bata em todos", mas se você não se encaixa em nenhum desses grupos, poupe seu rico dinheirinho.

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