"MUDA QUE QUANDO A GENTE MUDA O MUNDO ANDA PRA FRENTE E QUANDO A GENTE MANDA NINGUÉM MANDA NA GENTE, NA MUDANÇA DE ATITUDE A GENTE MOLDA O FUTURO..."

quinta-feira, janeiro 11, 2007

God Hand


Gênero: Beat'Em Up / Ação
Desenvolvido por: Clover
Distribuidora: Capcom
Lançamento: 01/10/2006
Nota: 7,5

Review
Junte a câmera de Resident Evil 4 com a ação frenética de um Devil May Cry com mais um pouco de Final Fight e uma tonelada de porraloquiçe e você terá God Hand! Um jogo de porrada franca e sem frescuras que vai fazer você amá-lo ou odiá-lo.



O jogo é nonsense demais, então se você curte história, pode ir esquecendo, nem vale a pena se esforçar pra entender. Você controla um carinha que um dia teve seu braço amputado e hoje tem sua god hand, um novo braço (não seria god arm?) com poderes do rei da porrada, e vai ficar vagando pelas cidades com uma mocinha que só sabe te sacanear, enchendo tudo quanto é filho da puta de socos e pontapés no melhor estilo Final Fight que seu PS2 já teve.



Os personagens assim como todo o universo nosense do game que parece o vômito de Salvador Dali, contando com chihuahuas venenosos, power rangers gays, travecos, palhaços, entre outras bizarrices que vão te arrancar boas risadas, além dos demônios, que são liberados de vez em quando, e que são chatos pra caralho de matar, pois são rápidos e fortes, mas dáum efeito a lá Killer 7 bem legal quando você detona o dito cujo.



O jogo tende a ter uma aumento de nível de experiência e evolução no estilo God Of War, mas aqui, do mesmo jeito que tua experiência sobe, ela desce, e isso varia de acordo com quantas porradas você dá ou leva, além de se poder comprar golpes novos e customizar os combos, o que é uma bela pedida e que aqui não é nada maçante.



A jogabilidade, por mais que pareça meio esquisito jogar um game de porrada com uma câmera nos moldes de RE4, é muito boa, meio difícil de se acostumar, com uma certa dificuldade pra virar, já que o analógico direito serve só para se esquivar de golpes, mas os botões de ataque são simples com os combos saindo sem você pensar e, em certas horas quando os inimigos estiverem caídos ou tontos, você pode aplicar agarrões, ou ficar chutando a cabeça do sujeito até não querer mais, algo bem style, e, diga-se de passagem, ainda tem os counters, que dão golpes chega-pra-lá que mandam o cara bem longe, com muita categoria e chutes de costas, entre outras coisas no melhor estilo RE4 de apertar rápido.



Ainda tem a possibilidade de dar seus golpes especiais acionados com o encher de uma barrinha, nesse caso, o game dá uma paradinha e tu executa um comando que pode resultar num chute nos bagos ou num porradão que vai mandar o cara pra putaquepariu. Além é claro de você usar sua god hand, que fica latejado e, quando acionado, te dá velocidade e força anormais suficientes pra não sobrar ninguém.



Agora vamos aos pesares, embora o engine seja baseado em RE4, os personagens se mostram muito bem desenhados e expressivos, assim como nas CGs do game, mas é tudo bem repetitivo e os cenários são a coisa mais porca e pobre que se podiam fazer, tudo é bem quadrado e básico com nível de detalhe que desaponta muito no visual do game.



O som é basicão e as musiquinhas meio surf rock ficam enjoadas, com um clima meio faroeste (!?) lembra um pouco o Samurai Western, mas o negócio ainda é estranho como todo o game. A explosão (tem sim é só atirar o já manjado barril vremeio nos cabra) são normais. Os diálogos são bem feitos e o seu personagem vive assoviando (?) e falando soa como a canalhice de um Devil May Cry mas com certeza Dante ainda daria um belo pau nesse cara aqui.



O jogo lembra bastante os clássicos de Beat'em Up, até pelo jeito 'punhetão' de ser pois se tu morrer amiginho é desde o começo do checkpoint, que demora para aparecer, e isso faz o bagulho ficar meio maçante, porém, como o jogo todo soa como um arcade, os jogadores afixionados pelo gênero nem vão se ligar pra isso.



A Falta de um multiplayer é considerável, já que esse pode ser um ótimo Final Fight para seu PS2, talvez o que mais chegue perto da atmosfera e da porraloquice desenfreada dos games do gênero na sua época áurea, já que tudo hoje em dia tende pra algo real, e God Hand foge totalmente do realismo dizendo um belo foda-se pra tudo isso, mas tá aí, curte porrada franca sem frecuras? Se você leu o Review de Yakuza e concorda que porrada e conversa não combinam, pode pegar esse, agora se teu negócio é jogos cabeça passe longe e vá jogar Tetris.

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