"MUDA QUE QUANDO A GENTE MUDA O MUNDO ANDA PRA FRENTE E QUANDO A GENTE MANDA NINGUÉM MANDA NA GENTE, NA MUDANÇA DE ATITUDE A GENTE MOLDA O FUTURO..."

terça-feira, janeiro 24, 2006

Guitar Hero


Gênero: Rhythm Game
Desenvolvido por: Harmonix Music
Distribuidora: RedOctane
Lançamento: 07/11/2005
Nota: 9,6

Review
Não é sempre que um rhythm game ganha tanto destaque em tempos de violência com títulos como God of War, Warriors, GTAs e companhia limitada, porém, o reboliço que Guitar Hero causou logo após seu lançamento é merecido até sua última unidade esgotada nos EUA.

O game utiliza um controle em forma de guitarra, uma Gibson SG, pra quem não manja, é aquela com dois "chifrinhos", utilizada por Angus Young, do AC/DC. Porém, para esta análise, foi utilizado apenas o controle Dual Shock do PS2. O controle guitarra será testado em breve.



Com um repertório composto por trinta músicas que não fogem da denominação "rock", sendo mais da metade classicassos como "Bark at the Moon", do Ozzy, "More Than a Feeling", do Boston, "Crossroads", do Cream, entre outros, misturados a músicas mais atuais, como "Take me Out", do Franz Ferdinand e "No One Knows", do Queens of Stone Age, e mais 17 músicas de bandas "alternativas" que você compra com a grana que recebe dos shows. Abrir todas não é uma tarefa difícil, mas o game é tão viciante que você não cansará de toca-las em todos os níveis de dificuldade.

A mecânica de Guitar Hero é a mesma de todos os jogos do gênero: há uma barra vertical (no caso o braço de uma guitarra) onde pontos coloridos, representando os botões do controle, descem e devem ser pressionados quando cruzam a última linha, é claro, dentro do ritmo e das batidas da música.



Há três tipos de jogo, o Quick Play, onde você escolhe uma música e corre pra galera, o multiplayer, onde duas pessoas se enfrentam e cada uma toca um trecho da música, algo do tipo "toque e passe a vez", e o grande atrativo, o Carrer Mode, onde você escolhe um personagem, uma guitarra e começa tocando num boteco e vai ganhando fama, status e dinheiro, aumentando o número de músicas no repertório e tocando em lugares maiores até chegar ao nível de uma turnê mundial com palcos enormes e cheios de efeitos especiais.



Iniciamente há seis personagem à escolha, com dois a serem comprados depois, cada um sendo um estereótipo de gêneros do rock, e três guitarras, uma SG, tal como o controle que vem com o game, uma Les Paul, aquele modelo clássico, utilizado por Jimmy Page, do Led Zeppelin, e uma Fly-V, com nome auto-explicativo, com a possibilidade de se comprar vários outros modelos, como Explorers, Double SG, e outras tantas, todas da Gibson, além de acabamentos ou pinturas para as guitarras já existentes, como a clássica pintura da Les Paul utilizada por Zakk Wylde, guitarrista do Ozzy e do Black Label Society, numa espécie de espiral com círculos pretos e brancos.



As músicas do game não estão em suas versões originais, porém os covers, na parte instrumental, estão perfeitos, já no vocal, alguns estão idênticos, como as do Ozzy, Joan Jett e Boston, porém, outros deixam um pouco a desejar por detalhes, como a do Franz Ferdinand, que o vocal canta meio que chorando e a Killer Queen, do Queen, mas este merece um perdão, pois cantar Freddy Mercury não é para qualquer um.

Os controles são relativamente simples, no modo easy, você utiliza apenas os botões L2, L1 e R1, no normal, é incluido o R2 e nos modos Hard e Expert o X também entra na dança, sempre com o L3 servindo como alavanca, o que possibilita o jogador de dar um toque pessoal nas músicas, sendo que ela não é obrigatória em nenhum momento. Há também uma barra que, quando ativada através do select, multiplica a pontuação por várias vezes enquanto o personagem executa malabarismos com a guitarra.



Nos modos mais fáceis, além de menos botões, são menos notas que devem ser tocadas, porém, no expert, você deve tocar todas, sem exceção, então imagine-se tocando "Cowboys From Hell", do Pantera, complicado? Magina!!

A animação dos músicos e platéia durante o show também é ótima, os movimentos do guitarrista são perfeitos, inclusive as posições da mão esquerda e as palhetadas na direita, tal como o baixista. Os movimentos da boca do vocalista são perfeitamente sincronizados com a voz da música, só o baterista que não teve muita atenção, fazendo fielmente as levadas, mas passando reto nas viradas, algo perfeitamente compreensível, dados os detalhes de movimentação de um batera que esteja tocando, por exemplo a própria Cowboys, do Pantera.



Os elementos do palco também merecem atenção, detalhes como a evolução da qualidade de tudo o que compõe o stage nos locais dos show são facilmente notados quando você acvança para uma casa de espetáculos mais pãs. Pena que tudo isso, tal como a performance dos músicos virtuais não seja notada quando se está jogando, pois tirar os olhos da barra é erro na certa, e erros em seqüência pode custar, além de vaias, a irritação dos músicos da banda, que pára de tocar.

Guitar Hero é um ótimo jogo que chegou marcando seu lugar dentre os melhores títulos da atualidade, independente de gênero, e que, com certeza, terá continuações, pena que saiu um pouco tarde, pois o PS3 vem aí.



Ah, se depois de algumas horas de jogo você olhar para algum objeto ou simplesmente um ponto fixo e ver ele se mexendo, não, você não está louco, é uma ilusão de óptica causada pelo tempo de exposição ao movimento repetitivo da barra do game. Legal né?

Veja a lista de músicas nos comentários deste post.


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quinta-feira, janeiro 19, 2006

Prince of Persia: The Two Thrones


Gênero: Ação / Aventura
Desenvolvido por: Ubisoft
Distribuidora: Ubisoft
Lançamento: 01/12/2005
Nota: 8,9

Review
Como hoje em dia série bem sucedida é sinônimo de trilogia, Prince of Persia não poderia ficar fora dessa no mundo do PS2 e, por isso, The Two Thrones marca sua terceira aparição no console.



O game segue a mesma linha dos anteriores Sands of Time e Warrior Within, porém, com um pouco menos de puzzles de cenários e mais ação, ou seja, a preocupação de chegar num determinado lugar e um vídeo mostrar uma portinha a vinte metros de altura do ponto que você está e na outra extremidade das sete paredes do local, que está cheio de pêndulos, balisas, correntes, traves, colunas, entre outros itens que devem ser utilizados por habilidades inumanas, sem contar o fato de se ter que andar horizontalmente em paredes está mais amena, mas está lá, e com mais movimentos.



Felizmente esses puzzles estão em menor número e enchem menos o saco. A ação, por sua vez, recebeu mais atenção nesta versão, havendo a possibilidade de, por exemplo, chegar de mansinho sem os inimigos o ver e, por um sinal na tela, apertar triângulo e iniciar uma morte semi-automática, onde você deve apertar quadrado quando a lâmina de sua faca reluzir. Esta possibilidade é muito útil para quando você está com a vida baixa ou para locais em que há muitos inimigos.



Os movimentos de luta, quando o príncipe está em perfeito estado de sanidade, são basicamente os mesmos, porém há mais especiais do tipo, parar o tempo, voltar nele, utilizar uma explosão de ar (não é um peido) que joga os inimigos longe, entre outras possibilidades. Na movimentação de cenário foi incluida a possibilidade (geralmente necessidade) de parar numa parede fincando a faca em determinados locais, se segurar e se movimentar em vãos, pular de umas bases molares (entenda "com molas") e até correr de bigas; o resto dos movimentos que você já viu nos outros está tudo lá também.



A história do príncipe que tem a vida mais desgraçada de todos os tempos mostra ele chegando em seu reino (ou seria principado?) com sua amada, e quando o dito cujo se dá conta, ele está sendo atacado assim como seu reino (ou seria principado?). Nessa brincadeira sua mulher é seqüestrada e depois de um tempo sofre umas paradas doidas com magia e ele também é afetado. Ela perde a memória e ele a encontra algumas muitas vezes e um ajuda ao outro e ele, por sua vez, vira um soldado negro por alguns momentos, o que lhe dá habilidades diferencidas para ataque que lembram muito God of War, e um visual que pode ser uam mistura de Soul Reaver com Darkness, das HQs.



Um detalhe sobre a história é que ela recebeu um tom mais cômico, que tira algumas risadas fáceis de quem está jogando, desde que entenda um pouco de inglês.

Os gráficos receberam uma melhora significante e as cenas não interativas em CG estão muito bem feitas, o movimento dos cabelos, por exemplo, é similar ao do filme Final Fantasy, e o game tem efeitos de luz e sombra muito bons, porém, o ambiente no geral está mais claro, o que tira o clima pesado de Warrior Within, que era um atrativo e tanto para jogadores com mais de dezesseis anos, que é a classificação do game.



O som está um pouco baixo em relação aos outros games, mas nada que uma aumentada básica no volume do sistema de som que você utiliza não resolva. Os efeitos sonoros estão competentes e de acordo com todo o resto do game.

Prince of Persia: The Two Thrones chegou ao ponto que os produtores queriam, agradando aos fãs da série e até aos que não gostavam por causa dos complicados quebra-cabeças de cenário, trazendo mais ação e um pouco de stealth ao game, este, mesmo sem o clima dark dos anteriores, merece destaque, pois uma coisa compensa a outra.

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quarta-feira, janeiro 18, 2006

Metal Slug 4 & 5


Gênero: Ação / Aventura 2D
Desenvolvido por:
SNK Playmore
Distribuidora:
SNK Playmore
Lançamento: 25/05/2005
Nota: 7,5
Compre

Revision

Mais um jogo indispensavél para os garimpeiros de arcades, Metal Slug 4 & 5 já vem no ponto para fechar a coleção de qualquer um que é fã da série com suas adaptações super-fiéis ao aracade e, é lógico, com fichas infinitas no seu PS2.



Agora, se você não tem nem idéia do que é Metal Slug (o que você faz da vida ? Morra !) é só dar uma olhada no review do Metal Slug 3, já que a fórmula-base do game é a mesma desde a primeira versão: tiros e mais tiros, bombas e mais bombas e siga em frente...

Nesse pack estão inclusos dois DVDs com as últimas versões do game, que podem também ser encontradas avulsas.

No geral o game é sempre uma continuação e, infelizmente, a história, depois desses dois últimos, é desinteressante e sem muitas surpresas como as versões anteriores.



Em Metal Slug 4 podese-se considerar o jogo mais mediocre de toda série, já que ele usa de cenários e personagens anteriores com muito poucas inovações, havendo horas que você vai achar que está jogando MS1, porém, mesmo assim, o jogo continua sendo divertido e tudo mais, mas não espere a mesma tensão e envolvimento de um Metal Slug 3. A dificuldade é bem leve fazendo com que você salve o game em uma média de meia hora e, depois de matar o último chefe, se perguntar "Porra esse era o último chefe? Não deu nem graça..."

Resumindo, Metal Slug 4, nota 7.



Em Metal Slug 5 já há inovações que vão desde o controle, que tem uma função de "rasteira" até os inimigos (nesse não se enfrenta nehum soldado) e os veículos, que estão mais presentes do que nunca, nas versões mais bizarras e destrutivéis imagináveis, mas a dificuldade também é leve e o game continua sendo curto.



O som continua na média com um destaque para as músicas que estão mais produzidas do que nunca para os padrões da série, agora com algumas até cantadas e "solinhos" de guitarra ainda mais animais. Os gráficos "artesanais" e super-animados cheios de detalhes e com um visual extremamente saudosista continuam presentes.

Levando em consideração que a média para se salvar o game é de duas hora pode ter certeza que não importa quantas vezes você jogue vão ser duas horas bem divertidas.

Resumido, Metal Slug 5, nota 8.

Pois é sem dúvidas podemos dizer que a Playmore depois que comprou a SNK cagou em diversos títulos, e Metal Slug foi uma vítima disso, mas para quem é fã do gênero ou aqueles marmanjos que sentem falta de um bom jogo 2d para seu PS2 Metal Slug 4 & 5 é uma solução.

Infelizmente nenhuma dessas versões possui mini-games ou algum outro tipo de extras, deixando apenas o arcade na sua mão para se jogar até não aguentar mais, porém pode ser considerado uma vantagem o fato de que até sua namorada, que mal sabe segurar um controle (isso soou meio mau né ? Pelo menos não é Atari) vai adorar jogar.

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segunda-feira, janeiro 16, 2006

Spartan: Total Warrior


Gênero: Ação
Desenvolvido por: Creatve Assembly
Distribuidora: Sega
Lançamento: 13/09/2005
Nota: 7,7

Review
No PC, a série Total War já é consagrada entre os títulos de estratégia, e, com a compra dos direitos do da série pela Sega, desde o desenvolvimento até a distribuição, ele toma novas proporções e chegou ao grande PS2.



Com sua mecânica modificada e com um novo título, Spartan: Total Warrior traz aos game-maníacos de plantão a emoção de lutar em guerras épicas de proporções colossais em pelejas contra muitos, mas muitos soldados inimigos e criaturas míticas ao mesmo tempo, traduzindo: manja aquelas cenas de Coração Valente, O Senhor dos Anéis, Tróia e outros filmes do gênero em que dois exércitos rivais correm um na direção do outro para começarem a guerra? Você faz isso algumas vezes no game, e a sensação chega à flor da pele, dá até vontade de urrar como os personagens do game ou dos filmes.




Mas o game não se resume a isso. Há missões a serem feitas movidas por uma história convincente, mas com um clima de "já vi isso em algum lugar" (God of War, principalmente). O jogador encarna um guerreiro escolhido pelos deuses para guerrear em meio a um grande caos, podendo realizar diversas combinações de golpes e movimentos, desde golpes simples até acrobacias de ginastas (calma, não chega nem a lembrar um Prince of Persia) somadas a lançamento de flechas.



Há missões do tipo conquistar determinada cidade, defender a sua ou as conquistadas, atacar povos, resgatar prisioneiros, entre outras, sempre envolvendo algo mítico, por exemplo, em certo momento você é comunicado que não tem forças o suficiente para o sucesso na sua próxima missão, e para isso você deve ir até Tróia e, de alguma maneira, encarnar os poderes do semi-deus Aquiles e, para isso, é claro, você enfrentará muitas coisas no caminho.



O sistema de batalha de Spartan flui bem, com golpes simples e especiais não muito diferentes, não fica difícil acabar com os exércitos (claro, com ajuda do seu), mas também não é fácil, ou seja, a dificuldade está muito bem ajustada, salvo alguns momentos em que você tem q fazer coisas do tipo proteger duas caixas dágua, trucidar o exército riral, que manda soldados aos montes, e matar dois gigantes, mas tuda batalha tem seu esqueminha para ser vencida.

Os gráficos estão na média da atualidade, com os personagens lembrando um pouco Shadow of Rome. O som é competente e está de acordo com todo o game, e a câmera, semi-manual, não compromete em momento algum.



Spartan: Total Warrior é um game que pode agradar a muitos. Violento, é mais um a ser somado dentre os bons games de tema épico, onde a carnificina rola solta e que, no final das fases ou quando o personagem morre, é possível saber quantos oponentes você matou e em quanto tempo, e geralmente esse número está na casa das centenas.


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